sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O CIRCO VENAI


O CIRCO VENAI
                             (Bruno Kohl)

            Com a morte do boi, quem foi, quem vai
            Na ultima seção do CIRCO VENAI

            O mágico que foge de um alçapão
            Calabouço de uma vida inteira a iludir
            A si mesmo mas nem sempre sua multidão
            Sua arte obsoleta insiste em lhe trair
            Bailarina que aos dez fugiu com o domador
            E agora já tem trinta e não sabe dançar
            Mas o corpo no colan de fada é seu pudor
            Em minutos que ela não terá por que chorar
           
            O menino que herdou o circo do seu pai
            Não consegue ver no espelho  o grande toureiro
            Acabou sendo palhaço de seu picadeiro
            E a arvore dos sonhos torna-se bonzai

            E na hora de domar o grande boi vermelho
            Os joelhos não seguram mais a sua idade
            Numa pega improvisada, lamina escondida
            Faz jorrar da jugular, a sua liberdade

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