O CIRCO VENAI
(Bruno Kohl)
Com a morte do boi, quem foi, quem vai
Na ultima seção do CIRCO VENAI
O mágico que foge de um alçapão
Calabouço de uma vida inteira a iludir
A si mesmo mas nem sempre sua multidão
Sua arte obsoleta insiste em lhe trair
Bailarina que aos dez fugiu com o domador
E agora já tem trinta e não sabe dançar
Mas o corpo no colan de fada é seu pudor
Em minutos que ela não terá por que chorar
O menino que herdou o circo do seu pai
Não consegue ver no espelho o grande toureiro
Acabou sendo palhaço de seu picadeiro
E a arvore dos sonhos torna-se bonzai
E na hora de domar o grande boi vermelho
Os joelhos não seguram mais a sua idade
Numa pega improvisada, lamina escondida
Faz jorrar da jugular, a sua liberdade
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